Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.

Thursday, September 29, 2011

Divulgação

Monday, September 26, 2011


 Brinquedos Para Seu Cachorro C/apito...Superdivertido!



O mais legal é que é baratinhoooo! Olha só: aqui


Thursday, September 22, 2011


Maiores aranhas da terra provocam medo e admiração

Mariana Aprile*
Se você pensar em animais como o tubarão branco, a cascavel, a harpia, ou o morcego, provavelmente sentirá medo e admiração. Essas criaturas são envoltas em mitos, lendas e histórias fantásticas – em sua maioria, são rotuladas como assassinas ávidas por sangue humano, ou como monstros que vêm se alimentar de crianças indefesas. E não é diferente com as aranhas caranguejeiras.
Em filmes de terror, tais artrópodes são imensos e voam no rosto das pessoas, matam-nas, enrolam-nas em teias gigantes e se alimentam delas. Felizmente, isso passa muito longe da realidade. Foi o fato de esses animais serem as maiores aranhas da Terra que lhes rendeu esse tipo de fama.
Mas nem sempre foi assim. No deserto de Nazca, no Peru, há representações de arte pré-colombiana, datadas de 300 anos depois de Cristo, e, uma delas é a figura de uma aranha de 50 metros de comprimento esculpida no solo. Outro povo antigo, os etruscos, que habitaram a península onde hoje localiza-se a Itália, também veneravam esses aracnídeos.
As comedoras de pássaros
As caranguejeiras são as maiores aranhas que existem, compreendendo cerca de 900 espécies. Desse total, 300 são brasileiras e se dividem em 11 famílias, das quais dez vivem na Amazônia. Mas é na família Theraphosidae que podemos encontrar as duas maiores aranhas do mundo: a Theraphosa apophysis, da Venezuela, e sua irmã a Theraphosa blondi.
A primeira, pode chegar ao diâmetro de 28 centímetros, de pernas esticadas, — um pouco maior do que um prato de refeição. Já a comedora de pássaros, como é conhecida a Theraphosa blondi, tem o abdômen do tamanho de uma bola de tênis e pesa 125 gramas. Além disso, suas quelíceras, que são as “presas” da caranguejeira, podem facilmente medir dois centímetros de comprimento.
Rick West, considerado o mais importante aracnólogo do mundo, disse, em entrevista exclusiva para este artigo, que essas duas espécies apresentam as mesmas medidas de tamanho, porém a brasileira é mais pesada. Segundo o especialista, “as caranguejeiras são, de modo geral, tímidas e evitam o ser humano, apesar de poderem ser, eventualmente, agressivas”.
Na dieta dessas aranhas é comum encontrar pequenos morcegos, lagartos, camundongos, insetos grandes, e aves de pequeno porte — daí a justificativa do título de comedora de pássaros.
Aranhas de 25 anos
Nas caranguejeiras, o movimento das quelíceras é de cima para baixo, como um furador de papel: são denominadas Orthognathas. Além disso, possuem dois pares de pulmões e as glândulas de veneno ficam totalmente dentro do segmento das quelíceras, diferente das Araneomorphae, nas quais as quelíceras movimentam-se de lado, como uma pinça (Labdognathas), e, cujas glândulas ocupam parte do prossoma (região da zona cefálica e toráxica), além de possuírem apenas um par de pulmões.
Outra curiosidade a respeito das caranguejeiras é que as fêmeas vivem cerca de 25 anos, dependendo da espécie e, enquanto outras aranhas param de realizar ecdise (que é a troca do exoesqueleto) na idade adulta, as migalomorfas fêmeas continuam a trocar de “pele” uma vez ao ano, em intervalos irregulares.
Tarântulas
Da mesma forma que outras aranhas da família Theraphosidae, a caranguejeira também é conhecida como tarântula, principalmente na cultura popular. Esse hábito, considerado um erro, tem sua origem na Idade Média: no século XIV, nas proximidades da cidade de Taranto, na Itália, houve uma epidemia de acidentes com Lycosa tarentula, a aranha-lobo.
As vítimas da picada apresentavam dor intensa, sudorese, espasmos musculares, palpitações e náuseas. Dizia-se que essas pessoas sofriam de “tarantismo”. Segundo o folclore local, o único tratamento eficaz contra os acidentes com essa aranha era uma dança, conhecida como tarantela — que deveria ser prolongada até que o suor molhasse o corpo.
Atualmente, os aracnídeos do gênero Latrodectus, que são as viúvas-negras, são considerados as verdadeiras tarântulas. O araneísmo (termo que designa acidentes causados por aranhas) por viúvas-negras pode causar a morte de vítimas humanas e animais de estimação. Mas esse não é o caso das caranguejeiras. Seu veneno, em geral, não tem efeito letal em gente, especialmente na América do Sul.
O veneno
Segundo a Organização Mundial de Saúde, quatro gêneros de aranhas apresentam espécies perigosas ao ser humano e, dentre eles, apenas um da subordem Mygalomorphae (caranguejeiras): o gênero Atrax, nativo da Austrália. Apesar de o Brasil possuir a maior diversidade de espécies de caranguejeiras do mundo, não há registros de acidentes humanos graves.
De acordo com registros do Instituto Vital Brasil, é comum as pessoas confundirem picadas de outros artrópodes com as das aranhas. Muitas vezes, o paciente não viu o que o mordeu e atribui os sintomas à picadas de caranguejeiras. Mas estudos realizados por pesquisadores dessa instituição revelaram que essas aranhas eram responsáveis por apenas 1% do total de araneísmos. Vale lembrar que a maioria dos acidentes com as migalomorfas ocorre porque a pessoa tentou pegar o animal.
Uma vítima de picada de caranguejeira pode sentir dor local moderada ou severa, forte coceira, edema, inchaço, eritema (vermelhidão na pele), ardência e até cãibras. Em casos muito graves a pessoa pode apresentar espasmos musculares fortes por várias horas: apesar de não ser letal, a picada de uma aranha migalomorfa traz experiências bem desagradáveis.
A dor causada pela picada se deve à perfuração da pele pelas quelíceras, ao baixo pH do veneno e às toxinas presentes nele, além de fluídos digestivos (enzimas) e ATP (Adenosina Trifosfato). Esse último componente torna o veneno mais potente, de acordo com pesquisas recentes, realizadas no exterior.
São poucos os cientistas que se interessam pelo veneno das caranguejeiras. Por isso, aos poucos, descobertas incríveis estão sendo feitas. Por exemplo, atualmente, existem pesquisas sobre a aplicação de venenos de caranguejeiras como bioinseticidas — já que os inseticidas químicos têm resultado em populações de insetos cada vez mais resistentes.
Cerdas urticantes
Apesar de as caranguejeiras causarem medo em muita gente, existem pessoas fascinadas por esses aracnídeos. Tanto, que gostam de tê-los como animais de estimação. É aí que mora o perigo, pois o risco de acidente é bem maior, especialmente para quem gosta de manuseá-las. Isso porque antes de desferir uma picada, as caranguejeiras usam uma arma bem mais eficiente, no sentido de afastar um possível agressor: as cerdas urticantes.
Uma caranguejeira, ao sentir-se ameaçada, esfrega suas pernas traseiras no abdômen, liberando esses “pelinhos”, que podem atingir os olhos e, também, entrar nas vias respiratórias do indivíduo que resolve manuseá-la. E as cerdas urticantes desse gênero de caranguejeira fazem um belo estrago, principalmente se a pessoa em questão tiver rinite ou algum tipo de alergia.
Essas estruturas podem penetrar em várias camadas da pele e do tecido ocular, causando sérias irritações. A morfologia das cerdas urticantes varia do tipo I ao IV. O primeiro tipo não penetra na pele, mas o terceiro entra numa profundidade de 2 milímetros, resultando em inflamações dermatológicas.
Um mamífero de pequeno porte (como rato, coelho etc) exposto às cerdas urticantes de uma Grammastola, por exemplo, pode sufocar em duas horas.
Caranguejeiras de luxo
Imagine uma aranha caranguejeira de cor azul bem vivo, com manchas claras no abdômen e no cefalotórax, formando desenhos, e com as articulações das pernas com pinceladas brancas, contrastando com o azul. Essa é uma das migalomorfas mais cobiçada por colecionadores e criadores desses aracnídeos, chamada Poecilotheria metallica.
                                                   Poecilotheria metallica.
                                                                   Picture credit: American Tarantula Society Discussion Board
Existem muitos outros exemplares maravilhosos, que parecem ter sido pintados à mão. A Hapalopus sp. exibe uma coloração de vermelho fogo, com o abdômen desenhado em preto; a Avicularia juruensis, tem um aspecto orvalhado em seu corpo rico em cerdas, e seus pés lembram sapatinhos cor-de-rosa.
Essas caranguejeiras, por exibirem belezas tão singulares, são vítimas de exploração no mercado negro. Muitas delas, inclusive, ainda nem foram descritas ou estudadas, como foi o caso da Avicularia diversipes. Ao estudar essa espécie, Rogério Bertani, pesquisador do Instituto Butantan, vinculado à Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, descobriu que antes de seu estudo pioneiro terminar, o comércio ilegal dessa caranguejeira arborícola nativa da Mata Atlântica, já se espalhava por oito países da Europa.
O pior é que nem há como os órgãos de fiscalização exercerem seu trabalho, uma vez que falta identificar e estudar várias espécies. Segundo esse pesquisador, a espécie descoberta por ele, já está ameaçada de extinção.
Mariana Aprile é bacharel em biologia e educadora ambiental.

Saturday, September 17, 2011

Bauru: saúde realiza Feira de Adoção de Animais neste domingo


Neste domingo (18), a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Divisão de Vigilância Ambiental, realiza mais uma Feira de Adoção de Cães e Gatos, das 9h às 16h, na sede do Centro de Controle de Zoonoses.
Durante a feira, 30 animais, sendo 15 cães e 15 gatos estarão disponíveis e em condições de adoção. Esses animais foram recolhidos por se encontrarem em situação de abandono, tendo sido vítimas de maus tratos, perdidos ou por outros motivos.


A coordenação da Seção de Controle de Zoonoses/Centro de Controle de Zoonoses esclarece que os animais passam por avaliação clínica analisando as condições de saúde para serem liberados para adoção. Entretanto, os responsáveis pelo serviço alertam aos interessados, que antes de decidirem pela adoção de um desses animais tomem conhecimento dos cuidados exigidos tais como, higiene, saúde e disponibilidade para cuidá-lo e dispensar a devida atenção.


No momento da adoção, os interessados deverão estar munidos com CPF, RG e comprovante de residência.


Até o momento, em 2011, 709 animais, sendo 433 cães e 276 gatos foram adotados. Em 2010, foram adotados 1.068 animais, sendo 582 cães e 486 gatos.


O Centro de Controle de Zoonoses fica na Rua Henrique Hunzicker, Q2, Bom Samaritano. Mais informações pelo telefone 3281-2646.


Fonte:Da redação JCNet



Thursday, September 15, 2011

PEGUE NOSSOS SELOS PARA SEU BLOG


Regras:
1) Exiba a imagem do selo "Olha que blog maneiro".
2) Poste o link do blog que te indicou.
3) Indique 6 blogs de sua preferência.
4) Avise seus indicados.
5) Publique as regras.
6) Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.


Blogs Indicados pelo Animalzooka.com:


http://veterinariaufra.blogspot.com/


http://www.amigodosanimais.blogger.com.br/


http://adotacao.blogspot.com/


http://www.curumell.com.br/


Blog Animais Deficientes - Pet Care

Blog adote um Anjo





FEIRA DE ADOÇÃO EM SOROCABA-SP



Feira de adoção de animais será realizada em Sorocaba (SP)

15 de setembro de 2011

Em Sorocaba (SP), sexta (16) e sábado (17), das 9h às 16h, na Praça Dirceu Doretto (ao lado da loja Telha Norte), no Parque Campolim, a Seção de Controle de Zoonoses de Sorocaba promove a tradicional feira de adoção de animais.
Além de disponibilizar os filhotes para adoção, os técnicos da Zoonoses orientam os interessados sobre os cuidados e deveres que devem ser observados por quem deseja ter um animal. O chefe da Zoonoses, Leandro Arruda, explica que a ação faz parte do programa permanente de Guarda Responsável de Animais. “Nosso objetivo principal é a conscientização. As pessoas que adotam um animal devem compreender que esta decisão envolve responsabilidade e precisa ser bem avaliada”, comenta.
Todos os animais disponíveis para adoção na Zoonoses – seja no canil ou nos eventos agendados – são cadastrados antecipadamente, passam por uma avaliação com médico veterinário, são vacinados e medicados com vermífugo. Quem adota um cachorro ou um gato tem direito a castrá-lo na Unidade de Controle Animal (UCA) mantida pela Prefeitura de Sorocaba.
Outras informações sobre o trabalho de Posse Responsável de Animais e a inscrição para doar animais na próxima feirinha podem ser obtidas no Canil Municipal, pelo telefone (15) 3222-2484.
Local e Endereço: Praça Dirceu Doretto (rotatória ao lado da Telha Norte) – Av. Antônio Carlos Cômitre, sn.
Bairro: Pq. Campolim
Região: Campolim-Vergueiro
Cidade: Sorocaba
CEP: 18047-620
Fonte: Viva Cidade

Download de e-books sobre animais





Essa é uma lista de links de downloads de e-books sobre animais. Esses links não são de autoria deste blog. É uma lista resultante de pesquisa na internet. Aproveitem e, qualquer problema como links quebrados, favor deixar um comentário ok? 


Cão Zen
O Diário de um Cão
Marley & Eu
Cachorros Encrenqueiros se Divertem Mais - John Grogan
Adestramento Inteligente de Cães
Libertação Animal - Peter Singer
Como desenhar animais selvagens (Infantil)
Cartilha SVB - Impactos sobre o meio ambiente pelo uso de animais para alimentação
Livros de Zoologia
Morcegos do Brasil

Wednesday, September 14, 2011

Você sabia disso?


Invadir propriedades para salvar vidas não é crime.
A OMISSÃO sim, É UM CRIME. Não se omita diante do sofrimento de um animal preso.

Invadir um domicílio para socorrer animais é legal?
O direito que nos assiste quando expressamos o nosso inconformismo com o crime é o mesmo que se transforma em dever da autoridade pública em averiguá-lo, pois o cidadão espera dos órgãos de governo a proteção necessária contra o crime e a violência. Muitas pessoas já sentiram tristeza e indignação quando ouviram o cão do vizinho uivando ou latindo, ou o miado do gato abandonado, expressando solidão, fome, angústia, dor e desespero pelas crueldades sofridas.
No último final de ano, um gato preso entre a janela e a rede de proteção de um apartamento no 15º andar do Edifício Paquita, em Higienópolis, região central da capital paulista, sem água e sem comida, chamou a atenção da mídia e ganhou destaque nos principais jornais e grandes portais de Internet. A foto do gato foi publicada, pela primeira vez, no início da tarde do dia 1° de janeiro, pelo estadao.com.br. Foram feitos pedidos de socorro ao Corpo de Bombeiros e à Polícia Militar, sem êxito.
O síndico do prédio, sabendo que os responsáveis pelo gato abandonado viajaram para o Rio de Janeiro, sentiuse na obrigação de invadir o asilo inviolável para prestar socorro ao animal. As pessoas que se preocupam com o bem-estar dos animais sentiram-se vitoriosas.
A Constituição Brasileira declara, no seu artigo 5º, XI, que “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial”.
Nada existe no nosso ordenamento jurídico que nos leve a entender que esta norma tenha por destino a prestação de socorro, exclusivamente, ao animal humano. Não tem fundamento e é arbitrária qualquer restrição ao texto constitucional, pois o próprio artigo 225, §1º, inciso VII, afirma incumbir ao Poder Público a vedação das práticas que submetam os animais à crueldade.
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” e que “para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade”.
Deixar um animal sem água e sem comida, preso entre a janela e a rede de proteção de um apartamento, durante vários dias, é submetê-lo à crueldade, é condená-lo à morte, é crime. De que maneira poderá o Poder Público, em obediência à Constituição, proteger este animal ou vedar a submissão dele à crueldade ou à morte sem socorrê-lo? É dever do Poder Público, fazendo uso de uma das exceções constitucionais ao princípio da inviolabilidade do domicílio, prestar socorro imediato ao animal.
Devemos lembrar, ainda, que o Código Penal, em seu artigo 150, §3º, inciso II, afirma “não constituir crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências, a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na iminência de o ser”.
Algumas providências acautelatórias devem ser tomadas para que não venha a ser configurada a violação de domicílio. Em companhia de duas testemunhas, abra a porta da casa com um chaveiro e, depois da prestação do socorro, feche-a. No próprio local, lavre um termo descrevendo as condições em que se encontrava o animal, assine e colha as demais assinaturas. Comunique o ocorrido na circunscrição policial e leve o animal para ser atendido e examinado numa clínica veterinária. “Manter-se inerte diante de um ato de maus-tratos é conduta moralmente censurável, que só faz crescer a audácia do malfeitor”, conforme nos faz lembrar o brilhante Promotor de Justiça de São José dos Campos – São Paulo, Laerte Fernando Levai, em sua obra Direito dos Animais.
Fonte:  anda.jor.br

Tuesday, September 13, 2011

Orientações para quem tem animais para adoção




        • Faça uma entrevista cuidadosa com o candidato à adoção, preferencialmente indo ao local onde ficará o cão ou gato, a fim de verificar se o mesmo tem condições de tutelar o animal. E também para evitar que cães e gatos sejam vítimas de crueldades, sendo adotados para rinhas, procriação, venda, rituais etc. 
        • Tenha cuidado especial com pedidos para filhotes de gato todo preto (usado em rituais, especialmente os não-castrados) e qualquer animal de raça não-castrado, para que não seja usado para procriação. 
        • Se o adotante declarar que deseja animal não castrado, busque conscientizá-lo sobre a importância da esterilização. A ação educativa é tão essencial quanto a de castração. E jamais doe um animal não castrado para o candidato. 
        • Caso o candidato declare estar adotando devido à morte de outro animal, informe-se sobre o motivo do óbito, prevenindo futuras contaminações por doenças como cinomose e parvovirose. 
        • É bastante comum o pedido de animais de raça, por falta de consciência e sensibilização dos adotantes para o valor intrínseco dos animais. E isso só mudará pelo trabalho educacional. Portanto, considerem estes pedidos no mínimo como uma boa oportunidade para a conscientização. Muitos são bons adotantes. Inclusive, vários tem sido os casos em que, após uma boa conversa, o candidato
          resolve adotar um SRD.


          Sentiens Defesa Animal - www.sentiens.net 

        Sunday, September 11, 2011



        Se puderem comparecer a esse evento no dia 25 de setembro, os cachorrinhos resgatados do abrigo Bomtivê agradecem!
        Ajudem a divulgar, por favor!
        Obrigado,
        DR. MÁRIO MATTIACCI
         
        RESGATE ANIMAL COM FÁBIO 2825-0552 / 7015-4950 / 8849-4301
        ABRIGO DE CÃES BOM TI VÊ
        EMBU DAS ARTES, SP
        011 4258-1045
        011 9591-4314
        011 9307-5846
        PAGINA DO ORKUT  ROSILENE LOPES DE MOURA
        CHEGARAM AS VACINAS V-10, RAIVA E CONTRA A TOSSE DOS CANÍS.
         AMANHÃ TEM CASTRAÇÃO A PREÇO POPULAR NA CASA DE CURA.
        GATOS R$ 60,00
        GATO FÊMEA R$ 65,00
        CÃO R$ 60,00 ATÉ 15 Kg
        CADELA R$ 150,00
        MARCAR HORÁRIO AINDA HOJE ATÉ ÀS 20:00H 3021-7560 OU 8760-8520


        Saturday, September 10, 2011

        Urso Polar


        Maior carnívoro terrestre, urso polar pode desaparecer

        Mariana Aprile*
        Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
        Divulgação/WWF
        Urso polar é o maior carnívoro terrestre do planeta
        Maior carnívoro terrestre do planeta, o urso polaré também chamado de "rei do Ártico", a região gelada em que vive. Um urso polar macho pode atingir mais de 2 metros de comprimento e pesar cerca de 600 kg.

        Existem cerca de 20 mil ursos polares no mundo, de acordo com estudos realizados pela Unep, sigla em inglês para United Nations Environment Programme, que significa Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

        Esses animais estão distribuídos, no hemisfério Norte, nas terras do Alasca (Estados Unidos), da Groenlândia, da Rússia, do Canadá e nas ilhas da Noruega.

        Equipamentos de sobrevivência dos ursos polares

        Ao redor dos coxins, que são as "almofadas das patas", os ursos polares têm pêlos especiais que não os deixam escorregar no gelo e os ajudam a correr numa velocidade de até 40 quilômetros por hora.

        Seu corpo é coberto por duas espessas camadas de pêlos brancos, e uma camada de gordura sob a pele, o que permite ao urso polar suportar as baixas temperaturas do Ártico. Para se ter uma idéia, a temperatura média de inverno é de -30°C, bem menor que a temperatura ideal de um freezer, em torno de -18°C.

        Seu olfato apurado é 100 vezes mais sensível que o do ser humano. Isso lhe permite encontrar alimento e também as fêmeas de sua espécie, na época do acasalamento.

        Excelente nadador

        Uma pele entre os dedos permite que os ursos polares nadem melhor e com uma velocidade de até dez quilômetros por hora. Isso mesmo: eles mergulham e nadam muito bem nas águas geladas dos mares da região ártica.

        Podem nadar 100 km em mar aberto, à procura de caça e de locais de descanso. Aliás, ursos polares passam a maior parte do tempo na água ou em torno dela, no gelo, daí seu nome científico ser Ursus maritimus.

        O pescoço do urso polar também é uma adaptação ao seu estilo de vida: é mais comprido do que o das outras espécies de ursos, para que ele possa colocar a cabeça fora da água.

        Quando mergulha, a uma profundidade de até três metros, o urso polar fecha as narinas. Isso impede que a água entre em seus pulmões e ele se afogue. O urso polar consegue ficar embaixo d'água, sem respirar, por dois minutos.

        Gordura no cardápio

        As focas, por serem ricas em gordura, são as presas preferidas do urso polar. Ele fica à espreita, perto dos buracos que se formam no gelo sobre o mar.

        Quando a foca emerge para respirar - o urso abocanha a cabeça de sua presa e puxa seu corpo para fora da água. No período de um ano, um urso polar bem sucedido consome cerca de 75 focas.

        Jejum do urso polar

        Baleias que morrem encalhadas e peixes também servem de alimento para o urso polar. Seu estômago suporta de 15% a 20% de seu peso - uma fêmea de 400 kg consegue comer 80 kg de alimento.

        Mas esse urso também se alimenta de cervos, pequenos roedores, aves marinhas, ovos, frutos da mata e, infelizmente, lixo produzido pelos humanos.

        O urso polar consegue passar oito meses sem comer nada. Após meses em jejum, ele pode até mesmo caçar um ser humano, caso aviste um. Os cientistas que estudam o Ártico andam armados, para afugentar o urso polar.

        Comportamento

        Os ursos polares são nômades, isto é, não têm um lugar fixo para morar. São solitários, mas na época do acasalamento, nos meses de abril e maio, machos e fêmeas são vistos juntos.

        Quando a fêmea está no cio, é comum ver até três machos acompanhá-la. Eles competem por ela fazendo demonstrações de força e, por vezes, lutam entre si. O vencedor se une à fêmea e o casal fica junto por uma semana, ou pouco mais do que isso. Após a fecundação, a fêmea começa a acumular gordura, que é uma reserva de energia.

        Filhotes indefesos

        A fêmea do urso polar cava uma toca na neve e, oito meses depois, nascem os filhotes - no máximo três. Os filhotes recém nascidos são indefesos, como bebês humanos, e só abrem os olhos com um mês de vida. Conforme eles se desenvolvem, mamam com menos freqüência.

        Eles aprendem a caçar observando sua mãe e, com 30 meses de vida, ela os espanta para longe. A partir desse momento, cada filhote fica por sua própria conta.

        Ursos polares podem desaparecer

        Os ursos polares podem desaparecer por completo em 50 anos, segundo estudos científicos, como o relatório do IPCC, o Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas.

        O governo dos Estados Unidos recentemente classificou o urso polar como ameaçado de extinção.

        Além de enfrentar a caça financiada pelo mercado de peles e a poluição provocada pelo ser humano, seu habitat está derretendo, por causa doaquecimento global.

        Blocos de gelo

        Apesar de nadar por grandes distâncias, o urso polar precisa descansar em blocos de gelo. Como esses estão cada vez mais raros, o urso acaba se afogando no mar. Além disso, o aumento da temperatura reduz a temporada de caça, e o urso polar morre de fome.

        Na Baía de Hudson, no Canadá, de 20 anos para cá, o gelo derrete três meses antes do que era usual e a população de ursos polares diminuiu em 20%: a cada dez animais, dois morreram.

        Tubarões


        Características e importância ecológica dos tubarões

        Mariana Aprile*
        Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
        Divulgação
        Tubarões vistos de baixo; eles têm fama de assassinos
        Só de se ouvir a palavra "tubarão" vem à mente aquela imagem terrível de uma bocarra cheia de dentes afiados, pronta para dilacerar e matar os banhistas que se aventuram nas praias. Os tubarões levam a fama de monstros assassinos facilmente, por diversos motivos.

        O tubarão é um animal imprevisível, indomável e selvagem, dotado de uma série de características que o fazem uma das mais bem sucedidas "máquinas" mortíferas da natureza. Entretanto, o tubarão é também um dos animais mais incompreendidos pelo ser humano.

        Após muitos anos de estudos e pesquisas sobre os tubarões, cientistas especializados em tubarões, como biólogos, ecólogos e estudiosos do comportamento animal, nos mostram uma criatura mais digna de admiração e respeito do que propriamente de medo.

        Superpeixe

        Todos os tubarões são peixes e sua existência na Terra data de aproximadamente 450 milhões de anos - um tempo quase inimaginável. OHomo sapiens (ser humano moderno) surgiu na Terra há cerca de 400 mil anos, aproximadamente. Isso quer dizer que o tubarão já nadava pelos oceanos há 449 milhões e 600 mil anos antes de nossa existência.

        Os estudos dos fósseis dos tubarões mostram que esses peixes tiveram pouquíssimas mudanças nas suas características - ou, em outras palavras, eles são fósseis vivos! Os tubarões são uma das obras primas da natureza, tão eficientes que não precisaram mudar em quase nada para sobreviver.

        Para se ter uma idéia, eles são equipados com um superolfato, capaz de sentir o cheiro de uma gota de sangue em 2 milhões de litros de água (mais ou menos a quantidade de água que há em uma piscina olímpica) - ou seja, uma gota de sangue a 300 metros de distância dele.

        Outros órgãos dos sentidos do tubarão

        Além disso, podem sentir os campos elétricos de outros seres vivos, como as batidas do coração de um peixe enterrado na areia, através de "captadores" localizados na cabeça (são como buraquinhos, ou poros), chamado de ampolas de Lorenzini. Esses órgãos são também responsáveis pela capacidade de o tubarão se guiar através do campo eletromagnético da Terra, nas suas migrações pelos oceanos.

        Entre as minúsculas escamas pontiagudas de sua pele (o que dá a textura de "lixa" na pele dos tubarões), há células receptoras químicas que percebem mudanças de temperatura e de salinidade na água. Mas os tubarões também podem ver e "ouvir", ao contrário do que se pensa. A visão dos tubarões tem um alcance de dois a três metros de distância e seu ouvido, além de ser responsável pelo equilíbrio, é capaz de sentir as vibrações de um peixe a se debater até a 600 metros de distância. O tubarão-branco, por exemplo, pode até mesmo enxergar fora da água.

        Com todo esse aparato, os tubarões são muito eficientes para localizar suas presas e, conseqüentemente, colocar em ação suas armas mortais - os dentes. Esses são afiadíssimos nas espécies carnívoras e têm formato triangular (por vezes, até são serrilhados nas bordas, para rasgar a carne com maior eficiência).

        Os dentes dos tubarões não possuem raízes e sempre que um dente cai ou se quebra, é substituído por outro - se nossos dentes fossem assim, jamais precisaríamos usar dentadura! Assim como todos os peixes, os tubarões respiram por brânquias e não são capazes de obter oxigênio fora da água.

        Os ataques de tuabrão

        Existem cerca de 400 espécies de tubarão e, dessas, apenas 33 têm registro de ataques a seres humanos. Após muitos anos de estudo, hoje se sabe que os tubarões não apreciam a carne humana. O que geralmente ocorre é que o tubarão se engana - isso mesmo, eles pensam que um surfista é uma suculenta foca, ou tartaruga.

        Quando nadamos, produzimos sons e vibrações na água muito parecidas com a das presas do tubarão. Então, ele vai até o infeliz banhista, morde e vai embora (ele pensa, "não é isso que eu queria"). O problema, é que a vítima muitas vezes não resiste aos ferimentos provocados pela mordida e morre.

        Outras vezes, os ataques podem ter motivos territoriais, como é o caso do tubarão touro ou cabeça chata (Carcharhinus leucas). Esse animal é territorialista e isso quer dizer que ele não gosta que invadam a sua casa. Se alguém estiver nadando no lugar que "pertence" a esse tubarão, ele considera como uma invasão de propriedade e ataca - da mesma forma como não gostamos de estranhos em nossa residência, ele também não gosta.

        Já o tubarão tigre ataca surfistas e banhistas por confundi-los com sua presa favorita, a tartaruga marinha. Apesar da maior parte dos ataques ocorrer sem nenhuma provocação, há aqueles que acontecem por causa de pessoas que importunam os tubarões, como por exemplo, segurar a cauda do bicho.

        Importância ecológica do tubarão

        Tanto para o ecossistema como para o ser humano, os tubarões são de grande importância. Por serem grandes predadores, estão no topo da cadeia alimentare contribuem para o controle e a saúde das populações das espécies que são suas presas. Além disso, muitas vezes se alimentam de bichos doentes e velhos.

        O ser humano se beneficia dos tubarões comendo sua carne ou extraindo vitamina A de seu fígado - mas atualmente, esta é produzida artificialmente em laboratório. As células do tubarão possuem um lipídio (célula de gordura) que parece ser um poderoso antibiótico e está sendo experimentalmente testado no tratamento de doenças humanas. Além disso, os tubarões também são dotados de uma proteína em seu fígado (a esqualamina), estômago e vesícula biliar, capaz de inibir tumores cerebrais.

        A famosa cartilagem de tubarão, que dizem curar doenças ósseas nos seres humanos, é uma falsa promessa. Ela nada tem de especial, mas essa promessa falsa é a responsável pela morte de milhões de tubarões. Podem-se obter os mesmos benefícios da cartilagem de tubarão ao se ingerir gelatina.

        Estudos dizem que 73 milhões de tubarões são mortos por ano por causa de suas barbatanas - que contêm cartilagem e ainda por cima são uma iguaria cara e muito apreciada pelos japoneses e chineses.

        Nesse momento é importante lembrar que se todos os tubarões forem mortos não haverá como tirar qualquer benefício deles - e ainda por cima, isso causaria um desequilíbrio ecológico de enormes proporções.

        O maior tubarão de todos

        Imagine um tubarão de 15 metros de comprimento (o tamanho de um caminhão de transportar carros) escuro, com o corpo coberto por manchinhas brancas - esse é o tubarão-baleia. Mas ao contrário de seus irmãos, esse tubarão só come plâncton, algas, krill (espécie de camarão de pequeno tamanho).

        São inofensivos para os seres humanos e outros animais marinhos. Muitos mergulhadores sonham em nadar ao lado do maior e mais belo peixe do mundo, e os que já tiveram essa sorte, consideram-na uma experiência inesquecível. Esse animal incrível vive em águas tropicais (quentes) e têm hábitos solitários - eles raramente são vistos em cardumes. Pouco se sabe sobre o tubarão-baleia, e por isso, há muitos cientistas interessados em estudá-los.

        Entretanto, o temperamento manso desse tubarão faz dele um alvo fácil para caçadores inescrupulosos. Essa espécie já é protegida em diversos países, pois já está ameaçada de extinção. Para se ter uma idéia, o NUPEC (Núcleo de Pesquisas e Estudos de Chondrichthyes) relata que no dia 7 de novembro de 2006 três homens foram presos por matarem uma fêmea de tubarão-baleia nas águas das Filipinas.
        Mariana Aprile é bióloga e educadora ambiental

        Aranhas Caranguejeiras


        Aranhas Caranguejeiras

        Maiores aranhas da terra provocam medo e admiração

        Mariana Aprile*

        Se você pensar em animais como o tubarão branco, a cascavel, a harpia, ou omorcego, provavelmente sentirá medo e admiração. Essas criaturas são envoltas em mitos, lendas e histórias fantásticas – em sua maioria, são rotuladas como assassinas ávidas por sangue humano, ou como monstros que vêm se alimentar de crianças indefesas. E não é diferente com as aranhas caranguejeiras.
        Em filmes de terror, tais artrópodes são imensos e voam no rosto das pessoas, matam-nas, enrolam-nas em teias gigantes e se alimentam delas. Felizmente, isso passa muito longe da realidade. Foi o fato de esses animais serem as maiores aranhas da Terra que lhes rendeu esse tipo de fama.
        Mas nem sempre foi assim. No deserto de Nazca, no Peru, há representações de arte pré-colombiana, datadas de 300 anos depois de Cristo, e, uma delas é a figura de uma aranha de 50 metros de comprimento esculpida no solo. Outro povo antigo, os etruscos, que habitaram a península onde hoje localiza-se a Itália, também veneravam esses aracnídeos.
        As comedoras de pássaros
        As caranguejeiras são as maiores aranhas que existem, compreendendo cerca de 900 espécies. Desse total, 300 são brasileiras e se dividem em 11 famílias, das quais dez vivem na Amazônia. Mas é na família Theraphosidae que podemos encontrar as duas maiores aranhas do mundo: a Theraphosa apophysis, da Venezuela, e sua irmã a Theraphosa blondi.
        A primeira, pode chegar ao diâmetro de 28 centímetros, de pernas esticadas, — um pouco maior do que um prato de refeição. Já a comedora de pássaros, como é conhecida a Theraphosa blondi, tem o abdômen do tamanho de uma bola de tênis e pesa 125 gramas. Além disso, suas quelíceras, que são as “presas” da caranguejeira, podem facilmente medir dois centímetros de comprimento.
        Rick West, considerado o mais importante aracnólogo do mundo, disse, em entrevista exclusiva para este artigo, que essas duas espécies apresentam as mesmas medidas de tamanho, porém a brasileira é mais pesada. Segundo o especialista, “as caranguejeiras são, de modo geral, tímidas e evitam o ser humano, apesar de poderem ser, eventualmente, agressivas”.
        Na dieta dessas aranhas é comum encontrar pequenos morcegos, lagartos, camundongos, insetos grandes, e aves de pequeno porte — daí a justificativa do título de comedora de pássaros.
        Aranhas de 25 anos
        Nas caranguejeiras, o movimento das quelíceras é de cima para baixo, como um furador de papel: são denominadas Orthognathas. Além disso, possuem dois pares de pulmões e as glândulas de veneno ficam totalmente dentro do segmento das quelíceras, diferente das Araneomorphae, nas quais as quelíceras movimentam-se de lado, como uma pinça (Labdognathas), e, cujas glândulas ocupam parte do prossoma (região da zona cefálica e toráxica), além de possuírem apenas um par de pulmões.
        Outra curiosidade a respeito das caranguejeiras é que as fêmeas vivem cerca de 25 anos, dependendo da espécie e, enquanto outras aranhas param de realizar ecdise (que é a troca do exoesqueleto) na idade adulta, as migalomorfas fêmeas continuam a trocar de “pele” uma vez ao ano, em intervalos irregulares.
        Tarântulas
        Da mesma forma que outras aranhas da família Theraphosidae, a caranguejeira também é conhecida como tarântula, principalmente na cultura popular. Esse hábito, considerado um erro, tem sua origem na Idade Média: no século XIV, nas proximidades da cidade de Taranto, na Itália, houve uma epidemia de acidentes com Lycosa tarentula, a aranha-lobo.
        As vítimas da picada apresentavam dor intensa, sudorese, espasmos musculares, palpitações e náuseas. Dizia-se que essas pessoas sofriam de “tarantismo”. Segundo o folclore local, o único tratamento eficaz contra os acidentes com essa aranha era uma dança, conhecida como tarantela — que deveria ser prolongada até que o suor molhasse o corpo.
        Atualmente, os aracnídeos do gênero Latrodectus, que são as viúvas-negras, são considerados as verdadeiras tarântulas. O araneísmo (termo que designa acidentes causados por aranhas) por viúvas-negras pode causar a morte de vítimas humanas e animais de estimação. Mas esse não é o caso das caranguejeiras. Seu veneno, em geral, não tem efeito letal em gente, especialmente na América do Sul.
        O veneno
        Segundo a Organização Mundial de Saúde, quatro gêneros de aranhas apresentam espécies perigosas ao ser humano e, dentre eles, apenas um da subordem Mygalomorphae (caranguejeiras): o gênero Atrax, nativo da Austrália. Apesar de o Brasil possuir a maior diversidade de espécies de caranguejeiras do mundo, não há registros de acidentes humanos graves.
        De acordo com registros do Instituto Vital Brasil, é comum as pessoas confundirem picadas de outros artrópodes com as das aranhas. Muitas vezes, o paciente não viu o que o mordeu e atribui os sintomas à picadas de caranguejeiras. Mas estudos realizados por pesquisadores dessa instituição revelaram que essas aranhas eram responsáveis por apenas 1% do total de araneísmos. Vale lembrar que a maioria dos acidentes com as migalomorfas ocorre porque a pessoa tentou pegar o animal.
        Uma vítima de picada de caranguejeira pode sentir dor local moderada ou severa, forte coceira, edema, inchaço, eritema (vermelhidão na pele), ardência e até cãibras. Em casos muito graves a pessoa pode apresentar espasmos musculares fortes por várias horas: apesar de não ser letal, a picada de uma aranha migalomorfa traz experiências bem desagradáveis.
        A dor causada pela picada se deve à perfuração da pele pelas quelíceras, ao baixo pH do veneno e às toxinas presentes nele, além de fluídos digestivos (enzimas) e ATP (Adenosina Trifosfato). Esse último componente torna o veneno mais potente, de acordo com pesquisas recentes, realizadas no exterior.
        São poucos os cientistas que se interessam pelo veneno das caranguejeiras. Por isso, aos poucos, descobertas incríveis estão sendo feitas. Por exemplo, atualmente, existem pesquisas sobre a aplicação de venenos de caranguejeiras como bioinseticidas — já que os inseticidas químicos têm resultado em populações de insetos cada vez mais resistentes.
        Cerdas urticantes
        Apesar de as caranguejeiras causarem medo em muita gente, existem pessoas fascinadas por esses aracnídeos. Tanto, que gostam de tê-los como animais de estimação. É aí que mora o perigo, pois o risco de acidente é bem maior, especialmente para quem gosta de manuseá-las. Isso porque antes de desferir uma picada, as caranguejeiras usam uma arma bem mais eficiente, no sentido de afastar um possível agressor: as cerdas urticantes.
        Uma caranguejeira, ao sentir-se ameaçada, esfrega suas pernas traseiras no abdômen, liberando esses “pelinhos”, que podem atingir os olhos e, também, entrar nas vias respiratórias do indivíduo que resolve manuseá-la. E as cerdas urticantes desse gênero de caranguejeira fazem um belo estrago, principalmente se a pessoa em questão tiver rinite ou algum tipo de alergia.
        Essas estruturas podem penetrar em várias camadas da pele e do tecido ocular, causando sérias irritações. A morfologia das cerdas urticantes varia do tipo I ao IV. O primeiro tipo não penetra na pele, mas o terceiro entra numa profundidade de 2 milímetros, resultando em inflamações dermatológicas.
        Um mamífero de pequeno porte (como rato, coelho etc) exposto às cerdas urticantes de uma Grammastola, por exemplo, pode sufocar em duas horas.
        Caranguejeiras de luxo
        Imagine uma aranha caranguejeira de cor azul bem vivo, com manchas claras no abdômen e no cefalotórax, formando desenhos, e com as articulações das pernas com pinceladas brancas, contrastando com o azul. Essa é uma das migalomorfas mais cobiçada por colecionadores e criadores desses aracnídeos, chamada Poecilotheria metallica.
        Existem muitos outros exemplares maravilhosos, que parecem ter sido pintados à mão. A Hapalopus sp. exibe uma coloração de vermelho fogo, com o abdômen desenhado em preto; a Avicularia juruensis, tem um aspecto orvalhado em seu corpo rico em cerdas, e seus pés lembram sapatinhos cor-de-rosa.
        Essas caranguejeiras, por exibirem belezas tão singulares, são vítimas de exploração no mercado negro. Muitas delas, inclusive, ainda nem foram descritas ou estudadas, como foi o caso da Avicularia diversipes. Ao estudar essa espécie, Rogério Bertani, pesquisador do Instituto Butantan, vinculado à Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, descobriu que antes de seu estudo pioneiro terminar, o comércio ilegal dessa caranguejeira arborícola nativa da Mata Atlântica, já se espalhava por oito países da Europa.
        O pior é que nem há como os órgãos de fiscalização exercerem seu trabalho, uma vez que falta identificar e estudar várias espécies. Segundo esse pesquisador, a espécie descoberta por ele, já está ameaçada de extinção.
        Mariana Aprile é bacharel em biologia e educadora ambiental.

















        Morcegos


        Tipos, características e importância dos mamíferos voadores

        *Mariana Aprile
        Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
        Reprodução
        Morcegos são quirópteros, ou seja, têm asas nas mãos
        No México e na Guatemala, o Camazotz (deus morcego dos maias) era uma criatura abominável que sobrevivia de sangue humano. O "Strigoi", é o vampiro que vive na Romênia, transformando vítimas inocentes em mortos-vivos sanguinários. E quem nunca ouviu falar do Drácula, o personagem de Bram Stocker?

        Mitos sobre morcegos não faltam. A crença de que os morcegos se emaranham nos cabelos das pessoas, por exemplo, é tão verdadeira quanto a lenda do vampiro. Dizer que todos os morcegos transmitem raiva, por exemplo, é o mesmo que afirmar que todos os cães transmitem essa doença. Outra afirmação incorreta é a de que os morcegos são sujos - na verdade, eles são tão asseados quanto os gatos.

        Para se ter uma idéia dos danos que os conhecimentos errados podem trazer para uma espécie, é só perguntar a alguém (que acredita na história da raiva, por exemplo) sobre a sua atitude ao se deparar com um morcego. Provavelmente, a resposta será: "eu mato o bicho". Assim, os mitos relacionados aos morcegos apenas os prejudicam, pois além de causarem medo e aversão, transmitem informações erradas sobre esse animal.

        Importância dos morcegos

        Morcegos são muito importantes para o equilíbrio do ecossistema e, por incrível que pareça, para o ser humano também. São mamíferos tão únicos que os cientistas criaram uma ordem só para eles, a Chiroptera, que significa "mãos de asa" (do grego, "kheir" = mão + "pteron" = asa). Quando se observa a asa de um morcego, percebe-se que ela é formada por braço, antebraço e pelos dedos alongados. O quinto dedo, equivalente ao dedão, fica na parte superior, com uma pequena garra - utilizada para escalar rochas em cavernas.

        Os fósseis mais antigos desses animais datam de 50 milhões de anos e eram muito parecidos com os morcegos modernos. Isso quer dizer que eles habitam a Terra há mais tempo que o ser humano, cujo ancestral mais antigo, oAustralopithecuis afarensis, viveu há apenas 3,9 milhões de anos.

        Todos os morcegos modernos se dividem em dois grandes grupos, chamadosMicrochiroptera e Megachiroptera. Ao primeiro pertence a maior parte dos morcegos que existem em todo o mundo - são animais de menor tamanho.

        Já os Pteropus vampyrus pertencem ao segundo grupo. São os maiores morcegos do mundo, com até dois metros de envergadura. Mas não se assuste com o tamanho: ele é frugívoro, isto é, só come frutas.

        Cego como um morcego?

        Até onde se sabe, existem pelo menos mil (ou 937, conforme a literatura consultada) espécies de morcegos - 137 são brasileiras. De todas, apenas três espécies que vivem na América do Sul se alimentam de sangue.

        Os quirópteros não são cegos - sua visão é adaptada para ver na escuridão. Muitas espécies frugívoras enxergam até algumas cores. Mas o sentido mais especial desses animais é a audição. Para localizar seu alimento, filhotes ou toca, eles são equipados com um sistema conhecido como ecolocação, ouecolocalização.

        Os morcegos e os cetáceos - baleias e golfinhos - dependem da audição como sentido principal para sua orientação e para a localização de suas presas. Entretanto, para ouvir um morcego, só outro morcego. Porque esses animais estão entre os que emitem os chamados ultrassons, que ficam acima da capacidade auditiva humana normal.

        Os morcegos microquirópteros (aqueles de menor tamanho) utilizam essa capacidade para caçar insetos à noite. Os sons de alta freqüência, ou ultrassons, rebatem no que estiver ao redor do animal, incluindo as presas, e são recebidos de volta pela orelha do emissor. O cérebro do morcego "traduz" as ondas sonoras refletidas em informações sobre o ambiente em que está. Conforme o jeito que o som atinge na presa e retorna, o morcego sabe tamanho de seu jantar - e a distância exata que ele está.

        Morcego é da classe dos mamíferos

        Agora pasme: mandar um som e ouvir seu rebote é similar ao sistema utilizado pelos submarinos para enxergar nas profundezas escuras dos oceanos. E, claro, como dissemos lá atrás, golfinhos e baleias também fazem isso. Para quem está pensando o que esses cetáceos têm que ver com nossos amigos morcegos, vale lembrar: são todos parentes da grande classe dos mamíferos.

        Mesmo mamíferos menos bem equipados, como os seres humanos, são capazes de perceber informações de algo que não enxergam. Por exemplo, de olhos fechados, você pode dizer se um frasco de comprimidos está cheio ou vazio, ao agitá-lo. Pode até mesmo presumir se as pílulas no recipiente são grandes ou pequenas. Deficientes visuais amplificam muito o sentido da audição, tornando-se capazes de usar os sons para saber como se movimentar em seu ambiente.

        Os morcegos produzem ultrassons a partir de suas laringes. Os sons são emitidos através da boca e nariz, que possuem reentrâncias para concentrá-los. É por isso que os microquirópteros têm caras de monstrinhos: todos os morcegos que comem insetos têm essa cara. Suas orelhas são grandes para captar o som refletido. A precisão desse sistema é tanta que um morcego insetívoro (comedor de insetos) pode localizar com exímia precisão um mosquitinho pequeno como a ponta de um fio de cabelo, em movimento.

        Já, a maioria dos morcegos frugívoros não usam a ecolocação, mas sim, a visão e o olfato. Ironicamente, são esses morcegos vegetarianos os associados com as histórias de vampiro nos filmes de horror. Todos morcegos que comem apenas frutas têm carinha de raposa ou de cachorrinho - por isso mesmo aqueles Pteropus vampyrus de quem já falamos, os de asas imensas, também são chamados "raposas voadoras".

        Ao contrário do que se pensa, os morcegos não são ratos de asas. O que eles têm em comum com esses roedores são características de mamíferos - que os humanos também compartilham (pêlos no corpo, ouvido médio etc.). Aliás, os morcegos são mais parecidos com os seres humanos do que com os ratos.

        Como os bebês humanos, os filhotes de morcegos nascem completamente indefesos e dependem da mãe, que os amamenta e protege. A similaridade mais fascinante é que as fêmeas de morcegos possuem apenas um par de mamas no alto do tórax, como acontece com as mulheres. Tal fato impressionou tanto Lineu - o pai da taxonomia moderna, que iniciou a classificação dos animais - que ele chegou a considerar os morcegos como primatas, ou seja, tão próximos dos seres humanos quanto os macacos.

        Reprodução dos morcegos

        As mamães-morcego são realmente elogiáveis. Elas têm apenas um ou dois filhotes por ano - e cuidam muito bem deles. Quando a mãe sai para se alimentar, deixa seu filhote em uma espécie de "creche de morcegos", geralmente numa gruta (em cujo teto ficam apinhados mais de 4 mil morceguinhos). Quando retorna, ela emite um som que é reconhecido por seu filhote, que responde o chamado. Dentre os milhares de filhotes gritando por suas mães, ela encontra o seu - sem erro.

        Os morcegos podem se alimentar de frutos (frugívoros), insetos (insetívoros), peixes (piscívoros), sangue (hematófagos), lagartos e ratos (carnívoros), e pequenas rãs (ranívoros). Mas a maior parte das espécies de morcegos alimenta-se mesmo é de frutos e de insetos.

        E essa dieta faz o morcego ser um aliado importantíssimo para a vida humana e para o ambiente. Segundo a ONG internacional de conservação de morcegos, a "Bat Conservation International", 70% das espécies de quirópteros alimentam-se de insetos. Apenas um morcego desses pode comer cerca de 600 mosquitos em uma hora (em torno de 3 mil por noite). Agora imagine como aumentaria a quantidade de mosquitos no meio ambiente, se houvesse menos morcegos.

        É por essas e por outras que esses animais contribuem muito para o controle da dengue, já que o mosquito transmissor da doença (o Aedes aegypti) faz parte do seu cardápio. Tem mais: a floresta tropical não existiria sem os morcegos. Eles são os principais polinizadores dos trópicos (mais do que as aves!). Ao se alimentar de frutas e frutos, os quirópteros nutrem as sementes à medida que voam e fazem a digestão.

        Em seu ambiente silvestre os morcegos são importantes agentes polinizadorese dispersores de frutos utilizados na alimentação humana, como, por exemplo, a banana, o caju, o figo e a manga.